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14 de maio de 2008

 

Hipocrisia. Qual é a sua?






Tempos atrás eu estava lendo no blog do Te dou um dado? que o Daily Mail tinha feito uma lista das celebridades mais hipócritas. Basicamente falava de aqueles famosinhos que gostam de fazer discursinhos sobre ecologia, mas não abrem mão de seus luxos poluentes, como ficar voando em jatinhos pra lá e pra cá, por exemplo. Pra mim não foi surpresa nenhuma, ficaria surpreso mesmo se descubrisse alguém que levasse a sério o que diz John Travolta e Barbra Streisand sobre a preservação do meio-ambiente. Mas gostei da idéia de listar hipocrisias alheias, tanto que, pra provar que não são só famosos que não cumprem o que proferem, resolvi listas as maiores hipocrisias do meu círculo social. Pra não citar nomes vou apenas dar dicas dizendo a primeira letra e/ou colocando uma foto correspondente a cada pessoa citada.


1 - A gerente do restaurante onde trabalho.



O que ela diz: Depois de um divórcio conturbado, onde chegou a ser espancada e até mesmo esfaqueada na cabeça pelo ex-marido, decidiu que não quer saber mais de homens, e aos 34 anos de idade, inteirona (inteiraça!), deu como terminada sua vida afetiva, diz que só quer saber de seus filhos e suas amigas.

O que ela faz:
Usa umas calcinhas muito sexys para alguém que não tá buscando homem. Tudo bem que não precisa estar buscando homem pra se vestir bem e usar perfumes caros, mas pra que calcinha no rabo? Mete logo aquelas que tapam tudo, porra. Mostrar só por mostrar?

Grau de hipocrisia: moderado






2 - Uma adolescente cujo nome começa com Y

O que ela diz: Adepta ao vegetarianismo, budismo, socialismo, falta-de-sexismo e cara-de-cuismo, se agarra a qualquer "ismo" pra descontar sua rebeldia infundada. Diz que não come carne porque os animais têm os mesmos direitos que os humanos, logo matar um animal é cometer um assassinato.

O que ela faz: Pediu um cavalo de presente de aniversário. Se os animais têm os mesmo direitos que os humanos, me responda: Pediria um ser humano de presente de aniversário? Perguntou pro cavalo se ele estava de acordo com a negociação? Perguntou se ele se importa em ficar te carregando nas costas pra cima e pra baixo? Partindo do ponto que o cavalo tem o mesmo direito que você, seria então provável que vocês se revezem, tipo, ele te leva pra passear dez minutinhos, depois você leva ele montado nas suas costas outros dez minutinhos?

Grau de hipocrisia:
alto




3 - Uma paranaense com a letra D


O que ela diz: Que não entende o porquê de eu não mandar notícias, visto que ela há um bom tempo anda tentando contactar comigo, mas não consegue.

O que ela faz: Realmente pra uma pessoa que tem meu orkut, msn, e-mail, o número do meu celular da espanha, o número do meu fixo na espanha, o número do celular da minha mãe, o número do fixo no Brasil, e o endereço do meu blog, é quase impossível conseguir contactar comigo. Perdeu, gordinha, vou te comer mais não.

Grau de hipocrisia: alarmante



4 - Uma amiga da escola, letra T.


O que ela diz: Terminado o segundo-grau, descobriu o que estava errado na sua vida. Ela passou a adolescencia buscando homens, mas o que ela gostava mesmo é de mulher. Por isso compareceu ao meu aniversário de 18 anos acompanhada de sua namorada.

O que ela faz: Se gosta tanto de mulher, porque buscar uma namorada que parece um homem? Acho que naquela época ela ainda tava na dúvida, por isso buscou uma que fosse metade-metade. Hoje acredito que tenha mais bom-gosto.

Grau de hipocrisia:
Aceitável.




5- Um amigo da escola, letra V.


O que ele diz: Cada vez que vou ao Brasil, começa a encheção de saco, aquele papo insuportável de que não há necessidade de morar no exterior, de que o Brasil é ótimo pra se morar, que não tem violência e que se ganha muito dinheiro nessa terra.

O que ele faz: Bem, se dá pra ganhar dinheiro aí, então pelo menos paga a porra do ingresso da próxima vez que for ao Maracanã comigo. Cadê os 5o real do último jogo da seleção que a gente foi ver? Vou ficar bancando marmanjo mais não.

Grau de hipocrisia: de médio pra alto.




6 - Um amigo da escola, letra L


O que ele diz: Depois de uma adolescencia estilo rebelde sem causa, onde intercambiou fases punks, socialistas e afins, hoje é um fiel defensor do capitalismo e da iniciativa privada.

O que ele faz: Apesar de defender que no capitalismo há espaço pra todos e que só tá duro quem não quer saber de trabalhar, esse canastrão até os 25 anos de idade nunca tinha trabalhado. Isso mesmo! Carteira de trabalho zeradinha, zeradinha! Vivia da bolsa que havia ganho na universidade. Daí você pensa: "Ah, mas ele tá se preparando pro mercado, será um bom profissional". Que nada! Seus planos pra quando terminar a faculdade é começar outra! Até que pra um liberalista ele ta mamando muito nas tetas do estado. Ratifico o que digo: O dia que eu ver um lavador de pratos defender o capitalismo eu começarei a levar fé na direita.

Grau de hipocrisia: explodiu o medidor.




7 - Uma ex-companheira de trabalho. Letra L



O que ela diz: Que estava com saudades. Que desde que fui pra Espanha não sobrava muita gente interessante pra conversar. E que estava com vontade de voltar lá no restaurante onde haviamos trabalhado pra rever o pessoal.

O que ela faz: Passei três semanas alugando um ap a um minuto e meio de distancia da sua casa nas ferias retrasadas e ela só apareceu pra fazer uma visitinha no último dia, e só porque era o último dia. Entre as inúmeras desculpas pra não aparecer estavam as clássicas "Hoje eu to cansada" (porra, era um minuto e meio) e "Hoje eu TENHO que ir pra academia". Se sincero eu fosse, no último dia quando ela apareceu, deveria ter pego a garrafa de vinho que eu trouxe de presente e mandar enfiar no cu, mas eu sou muito simpatico pra essas coisas.


Grau de hipocrisia: Incalculável





8 - Um amigo da escola que virou crente, letra L



O que ele diz: Que o sangue de Jesus tem poder, que vamos todos pro inferno, que só ele e o pessoal da igreja dele estão salvos, que satanás está por todo lugar, e blá blá blá. Além dessa ladainha básica, era normal encontrar satanás em tudo que fazíamos: nas músicas que escutávamos, nos filmes que víamos, e até nas cantigas de roda, como "escravo de Jó" (os que jogavam caxangá, seja lá o que isso for) o diabo estava presente.

O que ele faz: Curiosamente seu Deus só era contra as coisas que ele já não gostava antes de se converter, visto que apesar de ter "encontrado a luz", seus hábitos mudaram muito pouco (só ficou um cara mais chato). Continuou jogando video-game o dia inteiro (joguinhos critstão, como Resident Evil e Diablo) ao invés de sair a buscar ovelhas desgarradas pelas ruas do subúrbio. Continuou sendo um punheteiro compulsivo e fazer comentários de pedreiro pra meninas da escola, como "Que abundância, hein Michelle?". E o melhor de tudo: Deus não tinha nada contra ele ficar vendendo jogos piratas pros nerds da escola. Pirataria é roubo! Não tinha um mandamento que era "Não roubar"?

Grau de hipocrisia: Moderado, porque não era sua culpa. Lavaram a cabeça do pobre rapaz.





9 - Hemetério Ruffino (Ele mesmo! hahaha)




O que ele diz: Planta árvores por Fortaleza pra embelezar a cidade, depois fotografa e coloca no blog pra pagar de cidadão-exemplar.

O que ele faz: Tanto embelezar a cidade com árvores, pra logo depois ir a churrascaria comigo calçando sandálias e meias. Nada enfeia tanto uma cidade como uma pessoa vestida assim.

Grau de hipocrisia: Baixo. Foi só pra citar essa figura!

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7 de maio de 2008

 

Diálogos surreais da vida real



Nunca vá pra cama sem ouvir uma esquisitice mais

- Daí, então ele me mostrou um DVD que ele tinha. Tudo comerciais de absorventes.

- Como assim?

- Ele gravou um DVD com vários comerciais de absorventes, ué. Propagandas antigas, novas, tinha até de outros países. O cara é fissurado por comerciais de absorventes.

- Ai, meu Deus ...

- O engraçado é que ele nem é publicitário, nem nada. Tampouco é dessas pessoas que gosta de ficar analisando e conversando sobre comerciais de TV. Só gosta de anúncios de absorventes, nada mais.

- Cara, esse é o tipo de gente que me dá medo.

- Mas você falou que queria conhecer.

- Eu?

- É, ele é o mesmo que eu tava comentando aquele dia, que passou seis anos levando uma almofada que imita peidos na mochila.

- Tá bom, tá bom. O cara é um gênio, tenho que admitir. Quero conhecer, mas deixa eu me preparar primeiro, pode ser traumático.

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