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24 de outubro de 2007

 

A vida é uma escola



Retransmitindo minha sabedoria adquirida ao longo dos anos:

Lição 1

O campo de futebol onde eu jogava bola era separado da piscina do condomínio por um enorme muro. Uma vez um amigo deu uma bicuda tão forte na bola que ela atravessou o muro e foi cair na piscina. Ainda que fosse já noite tivemos a sorte (ou não) do síndico geral estar ali naquele momento conversando com o carinha que limpava a piscina, e deste modo não precisaríamos pular o muro pra pegar a bola.

Chegando na porta da piscina encontramos o síndico de cara amarrada. Disse que não ia devolver a bola porque estávamos jogando pedras por cima do muro para a piscina justo antes da bola ali cair. Porém, disse que se o responsável pelas pedras se acusasse ele devolveria a bola.

Saímos dali sem entender nada, ninguém sabia de pedras atiradas, até que um companheiro nosso nos informou que realmente esteve jogando pedras para a piscina durante o jogo. Depois de muita insistência convencemos o sujeito a ir lá dar as caras ai síndico para que recuperássemos a bola.

- (nós) Taqui ó! Era ele que estava jogando as pedras, não foi?

- (moleque cabisbaixo) Foi.

- (síndico muito puto) - O que? Você tava tacando pedras pra cá?

- (moleque tremendo) - É.

- (síndico mais puto) E por que tava tacando pedra pra cá? Você é retardado, animal? Quase volto pra casa com a cabeça rachada porque um imbecil tava jogando pedras por nada.

- (moleque querendo morrer) Não sabia que tinha gente na piscina essa hora.

- (síndico descontrolado) E se não tivesse ninguém pode encher a piscina de pedra? Você é doente? Quando você vem pra piscina você vê alguma pedra pelo fundo?

- (moleque em pânico) Desculpa.

- (síndico já saciado) Tem desculpa porra nenhuma não. Sai da minha frente antes que eu te dê umas porradas.

- (nós na expectativa) E a bola?

- Tem bola porra nenhuma não.

- Mas você prometeu.

- Prometi o que?

- Que se ele assumisse você devolveria a bola.

- E daí que ele assumiu? Quê que isso muda? Vão pra casa de vocês que já to de saco cheio.


Moral da história: Não saia selando acordos por aí sem estar seguro das intenções da outra parte.




Lição 2

Eu trabalhava em Ibiza junto com uns brasileiros fazendo reforma na casa de um norte-americano endinheirado. O cara era muito simpático, pagava bem, ficava de papo com a gente e uma vez o pessoal combinou de dar um passeio junto com ele no fim de semana. Eu não quis ir, e quando foi na segunda-feira vi que o homem tava muito sério e constrangido.

- Que que aconteceu com o Estéfano?

- Ué? Não ficou sabendo?

- Não.

- Quando tava voltando pra casa no dia que a gente saiu junto ele atropelou um cara.

- Xi..

- E o pior é que veio a polícia e ele tava bêbado.

-Ai ai ai...

- Tava bêbado e atropelou o rapaz na porta de um puteiro.

- Cacete!

- Mas o pior vem agora. O rapaz que ele atropelou bêbado na porta do puteiro tinha acabado de ser atropelado cinco minutos antes. Tava no chão sendo socorrido pelos médicos quando ele veio atropelar o infeliz pela segunda vez.

Moral da História: Há dias que são noites, mas há noites que são mais noite ainda.


Lição 3

Nos últimos dias de aula do segunda grau faltava ainda um trabalho em grupo pra entregar e combinamos na casa de um amigo nosso pra terminar a tarefa. Chegando lá, depois de umas horas de serviço a mãe dele veio servir um lanche pra gente, uns pães de queijo com suco.

No meio daquele clima de bagunça que sempre acompanha os trabalhos em grupo na casa de alguém, e somando a isso que a mãe do garoto era muito brincalhona e eu já a conhecia há alguns anos, resolvi soltar uma piadinha inocente que os pães de queijo estavam muito bons, mas que eu gostava mesmo era do cachorro quente que vendia em Marechal Hermes, um bairro ali perto famoso pela enorme quantidade de barraquinhas de lanche.

Depois disso veio a formatura e nunca mais encontrei com o dono da casa ou com sua mãe, já que morávamos longe e ainda por cima eu já começaria a morar fora do país dois anos depois.

Um dia, sete anos mais tarde, quando já éramos adultos de barba na cara que trabalhávamos pelo nosso sustento, uma amiga que eu tinha em comum com ele soube que o garoto estava pensando em morar em Portugal. Ela então contou pra ele que eu estava na Espanha e que daria o telefone da minha casa na Europa pra ele entrar em contato comigo caso precisasse de alguma ajuda. O camarada se irritou pra caramba com a sugestão dizendo que dispensava minha ajuda e que jamais voltaria a me procurar em sua vida porque eu sou um crápula que tive a ousadia de um dia dizer que o temível cachorro-quente de Marechal Hermes era melhor que o pão de queijo de sua mãe.

Moral da História: Quando sua vida estiver monótona o bastante, não se desespere. Resta a opção de ficar inventando mágoas.


***

No mais, Zaratrusta me desafiou a escrever uma crônica com uma lebre, Ernest Hemingway e uma garota de programa. Está sendo estudado o caso.

Aristides Leitão não respondeu se vai correr do meu desafio de escrever com o Capitão Nascimento, Danoninho e um Samurai.

22 de outubro de 2007

 

Desafio dos blogueiros contistas




Concluí o desafio da Lisandra que era de escrever uma crônica com Ilhas Maurício, Paquitas e Teleton. O resultado está no post abaixo.

Zaratrusta me surpreendeu e concluiu meu desafio (eu sempre acho que vão arregar) e agora tem que me desafiar. Segue abaixo a crônica que ele criou com as palavras que citei: Pizza de chocolate, Van Gogh e Bozo:

É difícil de acreditar que eu estou aqui maquiado como o palhaço Bozo, com o auto-retrato de Van Gogh estampado em uma camisa de algodão e segurando uma pizza média de chocolate no dia mais frio do ano. Falando assim a situação parece mais estranha do que é. Em tempo vocês vão perceber que há sentido em tudo isto. Para entender a mensagem tanto o emitente quanto o destinatário precisam compreender os símbolos nela contidos...(Continue lendo)

Assim como no desafo do Hemetério e da Lisandra, me surpreendi com o fato dele conseguir encaixar as palavras criadas por mim dentro do seu estilo de escrita.

Enquanto Zarastrutas pensa em como me deixar em maus lençóis eu deixarei o desafio para Aristides Leitão: Danoninho, Samurai e Capitão Nascimento.

Divirta-se!

 

Crônica



E você? Já encontrou as Ilhas Maurício?


Digam o que quiserem, mas pra mim há apenas três tipos de pessoas no mundo. O horóscopo chinês, o grego e o egípcio coincidentemente alegam que há doze tipos de pessoas. O eneagrama, como o próprio nome diz, afirma que são nove as possíveis personalidades que alguém pode assumir. Eu bato o pé que qualquer ser humano na terra só pode pertencer a um desses modelos: as pessoas teleton, as pessoas paquitas e as pessoas Ilhas Maurício.

Os humanos teletons são aqueles de bom coração. Vivem na luta por um mundo mais justo, mais igual, são capazes da passar horas tentando te convencer a participar de causas nobres e você jamais duvidaria de suas boas intenções. O grande problema é quando você descobre que todo esse altruísmo é o único que essas pessoas podem te oferecer; que na verdade é uma espécie de defesa na qual se agarram para compensar suas inaptidões para qualquer outra coisa. Tire as boas ações executadas pelo homem teleton e verá que, assim como o programa homônimo, ele possui uma cultura de gosto duvidoso, é entediante, monotemático, um verdadeiro chato de galochas que você só se esforçaria em dar atenção caso não tivesse nada que preste passando em outros canais.

Seres humanos paquitas são aqueles que seguem uma trajetória de vida parecida à das moças em questão. São pessoas atraentes, sorridentes, e donas até de uma certa simpatia. Essas são armas suficientes para que essas pessoas alcancem lugares de destaque na sociedade.

Assim como as paquitas nunca precisaram saber cantar pra se tornarem cantoras de sucesso, os humanos paquitas não precisam provar que são bons na sua área pra ganharem notoriedade. Costumam simplesmente alcançar postos e mais postos através de seu carisma, popularidade e bons contatos sem nunca mostrarem realmente a que vieram.

Seguros, belos e bem apadrinhados, nada parece abater o ser humano paquita que vive o Carpe Diem diariamente sob a luz dos holofotes. Passam pelo mundo como se fossem uma espécie de adorno inútil, um bibelô sem nenhum valor sentimental, mas que você deixa ali enfeitando sua casa porque não está atrapalhando e é até bonitinho, mas que você não teria nenhuma reação caso se rompesse porque há vários iguais para colocar em seu lugar e são bem baratos.

Por último temos os seres humanos Ilhas Maurício. Assim como os habitantes da ilha citada, eles são educados, gentis, interessantes, donos de uma cultura original e representam os valores primitivos do homem não totalmente corrompido pela civilização moderna.

Mais do que estética, eles possuem uma beleza mística, selvagem. São mais que belos, são paradisíacos, e quem conheceu nunca conseguiu esquecer. Por que essas pessoas levam o nome de humanos Ilhas Maurício? Porque já ouvi falar deles, adoraria conhecê-los, sei que basicamente não são mais do que quatro, mas não tenho idéia de onde estão localizados.

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19 de outubro de 2007

 

Diálogos surreais da vida real



Geração saúde

- Aff! Agora com essa onda de geração natureba, fazem de tudo pra te convencer que tal produto é saudável. Antes te vendiam um produto dizendo que era bom, hoje te vendem dizendo que não te mata.

- É, já notei isso também.

- Olha aqui, nem o café escapou. Antes quando queriam te vender café diziam que era "café forte", enalteciam o aroma, hoje tentam te convencer que o café faz bem pra saúde, é a nova forma de vender.

- Onde você tá vendo isso de café bom pra saúde?

- Aqui no pacotinho, ora. "Café Saudável", viu só!?

- "Café Solúvel", cara. Café so--vel! Sabe nem ler, .



Camisinha de nascença.

(Meu irmão na farmácia quando era criança)

- Que isso aqui? (aponta uma camisinha)

- Uma camisinha

- ... (pensativo)

- Que foi?

- Tem que ser uma criança muito pequena pra caber uma camisa desse tamanho.

- É camisinha pra botar no piru

- ...(pensando mais) O meu não precisa dessa camisinha, já veio com uma capinha que dá pra cobrir.


***

No mais:

Zaratrusta ainda não respondeu se topou meu desafio

Lisandra já me desafiou, tenho que escrever uma crônica com paquitas, Ilhas Maurício e Teleton (moleza)

Aristides Leitão se manifestou querendo ser desafiado. Assim que Zaratrusta concluir seu conto eu mando um pra você.

15 de outubro de 2007

 

Desafio dos blogueiros contistas




O Hemetério havia me desafiado a esrever uma crônica em que encontrássemos um toucinho, um Concorde e uma carta-bomba. O resultado foi o texto no post abaixo.

Eu havia desafiado a Lisandra a escrever uma crônica onde encontrássemos chupa-cabras, sucrilhos e cocaína. Achei que ela ia correr da batalha porque pelo tipo de escrita que ela tem, não pensei que conseguiria encaixar os personagens em suas histórias, mas ela foi firme e achou uma maneira de fazer o texto, e o mais impressionate: sem fugir do seu estilo! Taí o texto dela:

O tigre em você

Ainda me arrepio de pensar na nossa festa não-oficial de formatura. A música ia bem, a bebida farta, a pegação rolando solta. Quando eu lembro do evento - desde o comecinho,o povo chegando, o clima esquentando, o som aumentando... pois é, rapidinho teve gente que já não estava mais contente e precisou apelar para as pequenas alegrias artificiais: e lá veio a cocaína e o ecstasy a rodo, porque nós somos tudo gente fina e não usamos qualquer porcaria que se enrole na esquina, saca?
Continue lendo


Agora ela tem que me mandar seu desafio pra mim. Enquanto isso, vou deixando já meus três personagens para o conto do Zaratrusta: Bozo, Van Gogh e pizza de chocolate. Boa sorte!

 

Uma crônica




O último vôo do Concorde

Estavam passando férias em Nova York, mas quando a Mariângela soube que o Concorde faria seu último vôo saindo de lá para Londres, ela quis porque quis mudar o roteiro das férias só pra estar nesse vôo. Considerava um evento histórico, "O último vôo do Concorde", e queria estar ali. Mas, um incidente durante a espera no aeroporto mudou a história da viagem. Quando finalmente embarcaram, nem bem o avião decolara e ela disparou:


- Olavo, você me mata! Vo-cê me ma-ta, Olavo...

- Quê? Vai voltar o nhem-nhem-nhem?

- Vou, Olavo! Vou voltar! Olavo, você me mata!

- Fiz a escolha certa!

- Escolha certa? Viu a cara do homem? Viu como ele se sentiu? Olavo, você me mata, Olavo! Não tem coração, Olavo...

- Ora, mas você não vê que eu posso ter salvado nossas vidas e de todo mundo nesse avião? O mundo hoje está assim, não dá pra confiar nem nos amigos, quem dirá um desconhecido no aeroporto que vem pedindo pra você colocar uma carta na sua bagagem.



- Uma carta, Olavo! U-ma car-ta! O pobre homem esqueceu o passaporte em casa, ia perder o vôo e queria que você levasse uma simples encomenda pra família que estaria esperando ele no aeroporto e informasse do imprevisto.

- Podia ser uma carta-bomba.

- Carta-bomba, Olavo? Carta-bomba? Olavo, você me mata, Olavo...

- É, carta-bomba, nunca ouviu falar?

- Ai, e o toucinho? Quê foi aquilo do toucinho, Olavo? Insistir pro homem comer toucinho na sua frente. Se já tinha decidido que não ia levar a encomenda, pra quê fazer aquele espetáculo de tentar obrigar o homem a comer toucinho?

- Aquela foi uma oportunidade que eu dei a ele de ganhar minha confiança. Se não quis comer aquele toucinho que a gente estava comendo na lanchonete, só pode ser muçulmano.

- Só muçulmano não come toucinho, Olavo? E se o rapaz não gostasse de toucinho?

- Desconfio de quem não come toucinho. O toucinho é todo delicioso, não tem como não gostar. Quem não come toucinho só o faz por razões religiosas. Era muçulmano, sem dúvida.

- Meu tio Henrique não come toucinho.

- Agora que você falou, esse seu tio Henrique, ele é meio estranho ...

- Olha, não muda de assunto. E ainda que o rapaz fosse muçulmano, não vejo problema nenhum. É um baita preconceito achar que todo muçulmano sai por aí explodindo aviões.

- Pode ser, mas achei melhor não arriscar.

- Sim, e ofender um pobre homem que só queria levar um relógio de presente pra sua família te parece justificável.

- Quem te falou que era um relógio que estava naquele pacote?

- Eu sei, ué.

- Como que sabe?

- Fazia tic-tac tic-tac

-Pegou o pacote na mão?

- aham

- Mariângela, diz pra mim que você não colocou esse pacote na sua mala sem me dizer nada.

- ...

- Mariângela!

- É um relógio, Olavo. Fica tranqüilo.

- Mariângela, avisa ao comissário de bordo e pede que ele encontre um jeito de arremessar essa merda pra fora do avião!

- Não tá aqui comigo, Olavo. Eu despachei.

- Mariângela, estamos no último vôo do Concorde. A imprensa internacional está toda de olho. Qualquer terrorista adoraria explodir esse avião e você me diz que está carregando uma encomenda que faz tic-tac de um desconhecido que não come toucinho!

- Me desculpe.

- Mariângela, você nos mata a todos, Mariângela. Vo-cê nos ma-ta!

-(chuif)

- Sorte têm esses miseráveis no avião que nem sabem o que lhes espera. A nós, só resta torcer que seja rápido e sem dor.

- Te amo, Olavo!

- Também te amo, Mariângela.

- Te traí três vezes!

- Ora, sua ..

- Olavo, não é hora disso. Foram momentos de fraqueza e não queria morrer com esse peso.

- Pois, quase preferiria morrer sem saber dessa.

- E você?

- Eu o quê?

- Quantas vezes?

- Nenhuma, ora.

- Olavo, não é hora pra isso.

- Só uma. Apenas uma em vinte anos de casamento.

- Foi a Dorinha, não é?

- Não, foi a Estela.

- Justo a Estela, Olavo? A Es-te-la? Olavo, você me mata, Olavo ...

- E você? Quem foram os três?

- Não teve ninguém Olavo, eu menti. E esse avião tampouco vai explodir porque não coloquei nenhuma encomenda do desconhecido na minha mala.

- Err... e essa história da Estela também ...

- Não, Olavo, você não mentiu sobre a Estela.

- É... não menti.

- Olavo, você me mata, Olavo!

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10 de outubro de 2007

 

Desafio dos blogueiros contistas





O Hemetério, cascudão de guerra, já concluiu meu desafio de criar um conto com as palavras mortadela, carta suicida e submarino:


A vida como ela é em Cuernavaca

Esta era pra ser uma longa carta suicida, mas como o trem sob o qual planejo me atirar chega em breve, terá que ser mesmo uma notinha suicida. Sabia que não deveria ter perdido tempo, colocando o cachecol e as luvas antes de sair de casa. Que diferença iria fazer, eu temia ficar doente? Mas como ia dizendo, quero esclarecer em detalhes os fatos que levaram a esse meu ato extremo, para que a mesma desgraça não aconteça com vocês. E se vier a acontecer, que pelo menos vocês guardem o telefone de um bom tintureiro...Continue lendo


Sem contar o super detalhe da ilustração do texto!

Também já mandou o seu desafio pra mim: tenho que escrever um conto com uma carta-bomba, um concorder e um toucinho.

Então, enquanto não concluo meu texto, já vou deixando meu desafio para a Lisandra: Conto ou crônica com sucrilhos, chupa-cabras e cocaína.


Nota:
Apesar do texto do Hemetério ter ficado muito bom, fugiu das regras, coisa que eu não queria que acontecesse no texto da Lisandra: As três palavras indicadas devem ter uma participação relevante na trama, não apenas ser citada ao longo do texto. A graça está em buscar uma situação onde esse três elementos possam se cruzar e formar uma história.

 

Postando antes do embarque



-Embarco dentro de algumas horas. Não sei como vai ser pra postar aí no Brasil, mas tentarei não deixar o blog paradão todo esse tempo. De qualquer modo, tem os feeds aí do lado pras vocês assinarem e evitarem a dor de cabeça de entrar aqui todo dia pra ver se escrevi algo.

-Hemetério aceitou meu desafio do post abaixo, mas ainda não me lançou o seu. Antes de sair pro aeroporto vou dar uma verificada outra vez.

-Ato falho: Esqueci de citar o Zarastruta como blogueiro contista no post abaixo. Acontece que conheço há pouco tempo seu blog, e ainda não tinha encontrado contos por ali. Já já entrará então no jogo do desafio de contos.

-Viajarei pouco pelo Brasil, por isso encontrarei menos leitores que ano passado, quando dei a volta pelo país catando as vítimas dos meus textos. Dos leitores que até o momento combinei de encontrar nessa viagem estão a Thaís, a Yasmim, a Ingrid e a Renata. Fora alguns leitores que encontrei ano passado e é provável que nos esbarremos por aí. Todos participarão no próximo vídeo das férias do Cara de Milho.

- Estereótipos são engraçados, né? Tem gente que se encaixa perfeitamente em alguns deles. Esse cara, por exemplo, a mais nova celebridade da web, é o clássico torcedor do (sic) framengo, sem tirar nem pôr. Sempre que alguém dizia "flamenguista" eu imaginava uma pessoa como ele. É como ver um vídeo de minha imaginação.





7 de outubro de 2007

 

Assim surgem as histórias




Uma vez li que a moda entre os blogueiros da França era lançar entre eles uma espécie de desafio: Um blogueiro citava dez palavras aleatórias (ex: senado, presunto, ky, mickey mouse, eletroencefalograma, match point, gilete, tachinha e livro de auto-ajuda) e desafiava um outro a escrever um texto onde encontrássemos as dez palavras citadas.

Quem gosta de escrever sabe que a brincadeira é muito menos difícil do que parece, visto que numa dissertação é fácil colocar as palavras que você quiser. Eu, muito antes de ter um blog, muito antes mesmo até de usar internet com frequência, da época que só escrevia em caderninho e só quem lia eram meus amigos, tinha uma brincadeira bem parecida, só que mais difícil:

Eu pedia que um amigo me citasse três personagens aleatórios e eu então teria que criar uma história em que esses três protagonizassem. Veja bem, eu não tinha que simplesmente encontrar uma parte do texto pra citar o personagem indicado; os três tinham que ter uma participação relevante na trama.

A primeira vez que experimentei uma amiga pediu um história com ela, o Sassá Mutema e o Zé Pequeno, e eu então escrevi esse texto que já até publiquei aqui, o Teste do Avião. A segunda vez pediram que eu escrevesse uma história com minha ex-namorada, uma bruxa e o Bob Marley, então criei esse texto que também já publiquei no blog. A brincadeira continuou por algum tempo e costumava render boas idéias, mas como já disse, era algo entre amigos, se ficasse ruim era só rasgar a folha e caía no esquecimento. Quando comecei o blog pensei em não continuar a brincar com isso porque daí era mais pressão, mais gente lendo, "- E se me dá um branco?" pensava.

Depois que li isso sobre os blogueiros da França, me arrependi de não ter começado antes, já que poderia ter sido o pioneiro na jogada. Então pensei em dar uma chance à brincadeira, já que aqui no blog já desafiei vocês em outras séries como a da decodificação de nomes e a do Cara de Milho por um mundo melhor.

Os únicos blogueiros que eu conheço que seriam capazes de serem desafiados seriam o Hemetério , o Joel, e a Lisandra, já que todos os outros que leio costumam falar de tecnologia, internet, entretenimento, opinião e dia-a-dia. O Hemetério, o Joel e a Lisandra são os únicos blogueiros contistas que eu leio, já que o Ângelo (também contista) não tem tempo de atualizar seu blog.

Então eu vou começar com um desafio para o Hemetério e torcer pra que ele me mande o seu desafio antes de quarta-feira, dia do meu embarque, pra pelo menos eu ter sobre o que escrever no avião.

Desafio pra Hemetério: Um conto ou crônica com uma carta suicida, uma mortadela e um submarino.

Boa Sorte!

4 de outubro de 2007

 

A vida é uma escola




Sábios alunos, eis as lições dessa semana que queria compartilhar com vocês.


Lição 1

Eu tinha um amigo que era lerdo. Todo mundo chamava ele de lerdo e a gente gostava de fazer piadas com a lerdeza dele. Um dia estávamos conversando sobre métodos alternativos de masturbação, e entramos numa de colocar pilha nele que o bom mesmo era se masturbar com a clássica ajuda de um mamão.

Todo mundo entrou na brincadeira pra ver a reação dele ao escutar todos recomendando que o legal mesmo era abrir um buraco num mamão e fazer o mamão de mulher. Ficamos uma tarde inteira amolando o pobre com esse papo. "Escuta o que te digo, cara! Mamão é tudo, você vai se viciar" "Conheci gente que experimentou o mamão e nem quis saber mais de mulher" "Lembra quando a Andréia terminou com o Felipe? Ele ficou na pior, ? Como tu acha que ele saiu da fossa? Com mamão, "

Acontece que nosso grande amigo não era assim tão lerdo quanto a gente imaginava e tinha percebido desde o começo que era pilha nossa, ninguém ali comia mamão, pelo menos não daquela maneira comentada. O cara, muito sagaz ficou ali aguentando a brincadeira sem reclamar, fingindo que dava bola, até que a gente cansou.

O problema é que o destino é muito cruel. E quis esse destino sádico que o dia seguinte fosse uma quarta-feira, dia de feira livre no meu bairro. Quis o destino implacável que a mãe do meu amigo pedisse pra ele fazer as comprar naquele dia. Quis esse destino ignorante pra caralho que a mãe dele tivesse desejo de comer mamão justo naquele dia e pedisse que ele trouxesse quilos e mais quilos de mamão. Melhor que isso: Uma bolsa só pra mamão e outra pras outras frutas e verduras. Quis ainda o destino espírito de porco que justo quando o moleque voltasse das compras com uma bolsa transbordando de tanto mamão cruzasse com o mesmo pessoal que tinha colocado pilha nele no dia anterior tentando convencê-lo a violar um mamão.

O que aconteceu depois vocês podem imaginar. Só me pergunto como o carinha segurou essa barra sem ter que mudar de cidade.


Moral da história: Morrer não está nem entre as cinco piores coisas que te podem passar.




Lição 2

Era noite de rodada dupla no Maracanã pela Copa do Brasil. Quarta-Feira, Maracanã vazio. Primeiro o Fluminense jogaria contra o poderoso Lagartense, de Sergipe. Logo o Flamengo jogaria contra o imbatível Botafogo da Paraíba.

Quem já foi ver rodada dupla sabe como funciona. A torcida do time que joga depois chega antes pra secar o time que joga primeiro. A torcida do time que joga primeiro, por sua vez, fica no estádio depois do jogo pra secar o time que joga depois. Então era normal que eu dali da arquibancada pudesse avistar certos flamenguistas desfilando pela geral do Maracanã fazendo provocações.

Na época a torcida do Flamengo tinha uma musiquinha que tava muito na moda que era "Ô tricolor/ Chegou a hora/ Tira a camisa limpa o cu e vai embora!", mas como não havia público suficiente pra fazer um coro audível para a música, um flamenguista da geral teve a brilhante idéia de fazer mímicas da música em baixo da arquibancada do Fluminense.

Então ficou o sujeito lá de frente pra torcida fazendo seus gestos. Primeiro apontava pra torcida tricolor (Ô tricolor), depois apontava pro relógio (chegou a hora), depois fazia um gesto como se tirasse uma camisa, limpasse a bunda com ela (tira a camisa, limpa o cu) e logo fazia o típico gesto de bater as costas da mão na palma da outra (vai embora).

O problema é que o jogo tava tão chato, tão sonolento, que os gestos do flamenguista, longe de irritar alguém na arquibancada, era extremamente engraçado, principalmente a parte do "tira a camisa e limpa o cu". O flamenguista maltrapilho, orelhudo, todo encurvado e fazendo mímicas não demorou em ser comparado a um macaco. E cada vez que ele repetia as mímicas (e ele repetiu umas dez vezes) mais gente se debruçava na arquibancada pra pedir pra ele continuar o show:

- Que porra é essa? Quê que esse cara ta fazendo lá em baixo?

- Umas mímicas, mas não entendi bem.

- Porra, parece um macaco!

- É, engraçado pra caralho, ? Olha lá, ta fazendo de novo!

- Cada uma que me aparece! (vira pra chamar um amigo na arquibancada) Ô Betinhôô!! Chega aqui!

- (Betinho lá de trás) Que foi, ?

- Um cara imitando macaco, vem ver, .

- (Betinho desanimado) Ah, fala sério!

- , vem ver, muito engraçado!

- (Betinho descendo as arquibancadas) , ele tá imitando ainda? Agora quero ver essa porra.

- Agora ele parou, mas é só pedir que ele imita de novo. (gritando pro mímico) ! Faz aquela parada de novo!

O flamenguista começava outra sessão de mímicas

- (Betinho já no alambrado) Caralho! Igualzinho macaco. Que porra é essa? Chama o Luiz.

- (Virando pra trás pra buscar outro amigo) Ô Luiz! Vem ver aqui o flamenguista imitando macaco. Corre!

E assim sucessivamente foi criando-se um platéia de curiosos debruçados nos alambrados da arquibancada pra ver o show do mímico flamenguista. Pouca gente entendeu (talvez só eu) que ele mimicava a música da torcida do Flamengo, a maioria foi embora achando mesmo que ele estava imitando macaco.

Moral da história:
Cuidado com os pedidos de bis. Pode ser que você esteja abafando, ou pode ser uma falta coletiva de ter mais o que fazer.



***

No mais, finalmente consegui uma boa tradução para Black do Pearl Jam

***

Pra concluir quero deixar um pequeno boletim:

1 - Obrigado a todos apoiaram e estão apoiando Cara de Milho na votação do BBB (Best Blogs Brazil). Vi que muita gente andou clicando no link do concurso. Ainda dá tempo de colaborar, pra quem ainda não votou.

2 - Hoje Cara de Milho bateu seu recorde de visitas: 580 neste momento, e ainda falta mais de uma hora pra acabar o dia. Tudo devido a um link que recebi no UEBA.

3 - A série Decodifico seu nome está morta e enterrada, pra alegria da nação. Faltou decodificar o nome do Pedro Arruda, sinto muito, mas não me vejo animado a continuá-la. Foi meia-boca enquanto durou.

4 - A próxima série a ser assassinada será a das piadas, já que ninguém comenta mais nelas. Houve um tempo em que essa foi a série favorita dos leitores, mas parece que essa nova geração tem outro perfil.

2 de outubro de 2007

 

Piadas que eu mesmo faço e só eu acho graça



E lá vou eu continuar queimando meu filme contando as piadas que pairam na minha cabeça:


1 - O pai está encucado com o tempo que o filho passa trancado no quarto com os amiguinhos, até que um dia abre a porta de supetão e flagra o moleque vestido com calcinha de rendinhas e liberando pra geral. O pai aplica uma surra exemplar então pro moleque aprender a ser homem. Qual o nome do filme?

R: Reto ceder nunca, renda em si jamais (Retroceder nunca, render-se jamais) Hahhahahauuha Eu mereço.



2 - Era um vez um menininho gaúcho filho de mãe solteira chamado Eli. Ninguém sabia quem era seu pai, já que sua mãe era uma vagaranha que já havia passado pela mão de todos os homens da região e até alguns bichos. Até que um dia fazem um exame de DNA e descobrem que o verdadeiro pai do moleque é um Troll que habitava uma floresta encantada de ali perto, pra surpresa de toda a gaúchada. Qual o nome do filme?

Troll pai de Eli, tchê (Tropa de Elite) AhahhahahahahhHAHAha ..Viu que eu to atualizado!



3 - Esse é um filme de ação no qual um soldado está no meio de um fogo cruzado, e acaba a última bala que ele tinha na sua bazooka. Temendo por sua vida ele faz um estranho improviso: agarra uma preá que passava inocentemente pelo local, mete a bichana dentro da bazooka e dispara o pobre animal contra o inimigo. Qual o nome do filme?

Preá Munição
(Premonição) AHhehehhehahehhehhahehheaa Ai, eu sou bom!


4 - Esse é um filme muito antigo, da época em que Xuxa ainda fazia filmes pornôs. Nesse filme Maria da Graça Meneguel contracena com duas outras atrizes em cenas de lesbianismo explícito. No making off podemos ver que o diretor estava muito contente com a atuação da rainha dos baixinhos, apenas chamava atenção para o fato de que teria que fazer as moças gemerem mais alto. Qual o nome do filme?


Xuxa, geme-as (Xuxa Gêmeas)
AhahhahahahahaHHAHAha Por que vocês lêem a última?Já avisei que a pior fica pro final.


E como se não bastasse deixo uma quinta de brinde (presente de grego):


5 - A menina muito chateada com as constantes traições do namorado resolve se vingar de maneira cruel: uma mordida nos testículos do camarada. Qual o nome do filme?

Ovo em dente (o vidente) ahahhehhehahhhaheooohhiahah Pode fechar o caixão.



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Se vocês repararam, aí do lado tem um botão para a votação do BBB (Best Blogs Brasil). Eu sei que não vou ganhar, nem disputar a final. Tem muita gente fera na jogada, com mais tempo de estrada, mais tempo livre e mais conhecimentos de informática pra fazer um blog superior ao Cara de Milho. Tudo o que quero é ser citado. Que a comissão julgadora pelo menos saiba que existe meu blog.

Atenção: Não vote no Cara de Milho em mais de cinco categorias porque senão seu voto será invalidado. O legal seria que vocês votassem apenas como Melhor blog de humor. porque votar em Melhor Blog fica muito surreal pra um blog com template padronizado do blogger e que chega a ficar dois meses sem atualizações.

Poderiam buscar algum post legal pra votar em Melhor Post do Ano. Baseando me nos comentários feitos e nos links que recebi eu fiz uma seleção de textos que eu colocaria entre os post legais que eu posso ter escrito esse ano:


Restaurante de porrada

Pra onde vão os postais perdidos

And you thought your job sucked

A vida é uma escola

Tudo que a net tem a vida tem

Continuando os contos de sábio

Orkutizando a vida real


É só clicar no botão do BBB ao lado e votar. Não precisa nem fazer cadastro.

Atenção: Não votem mais de uma vez, não dá certo!

É isso aí, conto com vocês.




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Em tempo, que videozinho mais legal fizeram pra sacanear o Botagofo, hein!? Justo no dia que eu tinha criado um também usando o comercial da Skol, mas não ficou metade de engraçado do que eu vi essa tarde.


Aqui o meu vídeo

Aqui o vídeo famoso



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