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17 de março de 2006

 

Explicando a piada


Lá no começo do blog, uns meses atrás, ao comentar o filme Todo mundo em pânico, eu chamava a atenção para uma matéria muito interessante publicada na revista espanhola Quo que falava sobre o humor segundo a ciência e havia comentado que voltaria a falar sobre isso algum dia aqui nesse meu espaço virtual.

O primeiro que chama atenção na matéria é uma explicação do funcionamento do cérebro ao escutar uma piada. Segundo os neurologistas, ao enunciar uma piada, o hemisfério direito do cérebro do ouvinte, responsável pelas emoções e pela criatividade, se ativa. Logo, ao dar a resposta da piada, esse hemisfério volta a se ativar novamente, e é isso que te faz rir, ou seja, tocar o hemisfério direito do cérebro duas vezes seguidas faz cosquinhas, assim de simples. Façamos um teste com uma piada que não é minha, apesar de ser muito parecida com as que invento:

O avião estava sobrevoando a África. Ao passar por uma àrea habitada por uma tribo bem primitiva, os índios se assustaram ao ver aquilo no céu e se defenderam mostrando a bunda para os tripulantes da aeronave. Ative se lado direito do cérebro e descubra qual o nome do filme:

Os cu do negro ( O escudo negro) HAahhahahAHHAhahahah Deu cosquinha no cérebro ou não deu? Se não riu foi porque esqueceu de reativar o cérebro.

Outra abordagem científica explica que ao ler um livro de piadas (um bom livro) se ativam os mesmos circuitos cerebrais que se manifestam ao consumir cocaína, ao ganhar dinheiro ou ao ver uma mulher bonita, ou seja, já sabíamos que o dinheiro não trazia felicidade, que as drogas e a promiscuidade não levavam a nada e agora sabemos que o humor também pode nos levar à perdição.

Tá rindo de quê?
Não existe nenhuma explicação sobre o porquê de seres humanos fazerem piadas, visto que, no que se refere ao processo evolutivo, não desempenha nenhuma função aparente. Uma possível explicação seria o fato de que talvez esteja relacionado apenas com a atividade social, mas, eu não só discordo, como considero uma idéia de jerico, visto que pessoas sociáveis e populares costumam entender patavinas de humor, enquanto humoristas são quase sempre indivíduos anti-sociais, como eu, por exemplo.

Macacos me mordam
Provavelmente um macaco nunca te morderá, mas, pode rir e curtir uma onda com tua cara, pois, ainda que o senso de humor seja peculiar dos seres humanos (ou alguns deles) alguns primatas também riem, e provavelmente até mesmo os ratos são capazes de dar risadas, mas, no caso dos ratos e macacos, o riso só vem através de um estímulo externo, como se por exemplo, fazer umas cosquinhas na ratazana que apareceu no quintal da sua tia, ela vai adorar.

Filosofando sobre o humor
Ficou complicada a resposta dos neurologista sobre estimular o hemisfério direito do cérebro, verdade!? O filósofo Kant tem uma explicação mais simples sobre o porquê da risada. Segundo ele, o riso surge da súbita transformação de uma tensa expectativa, em nada. Ou seja, rimos aos nos darmos conta de que nos foi pregada uma peça, que o cômico conseguiu nos enganar fingindo falar de um assunto sério e no final nos revelar que era uma piada.

Concordo plenamente, isso explicaria muitas coisas, como por exemplo, o fato de que se avisamos anteriormente a uma pessoa que vamos lhe contar uma piada, fica muito mais difícil fazê-la rir no final, uma vez que a pessoa já está prevenida de que a história terá um desfecho cômico. Eu, pelo menos, posso garantir que ninguém me escutará contando anedotas numa roda de piadas, tampouco me escutará rindo das piadas ali contadas, simplesmente porque todas as vezes que me fizeram rir ou que eu consegui arrancar risadas foi fazendo uso do elemento surpresa. Geralmente me aproveito de uma conversa descontraída, chamo a atenção pra mim e começo a contar a piada como se realmente fosse algo que tivesse acontecido comigo e revelo a piada no final, o resultado é melhor do que se eu interrompesse a conversa pedindo licensa para contar uma piada. Um exemplo:

Na última série das minhas piadas que eu mesmo faço e só eu acho graça, criei uma piada horrorosa, talvez a pior de todas as sessenta que já fiz:


Qual a música dos Beatles que faz alusão à bissexualidade do apresentador de TV Larry King?

Larry Bi (Let it be)


É horrível, não tenha dúvida, não vou tentar defendê-la, inclusive a Marília me deixou um comentário que é o tipo de piada que se ela contar pros amigos é capaz de apanhar. Concordo em partes, visto que eu já contei essa piada a meus amigos antes de publicá-la aqui e apesar do previsível fracasso, escapei das bofetadas. As manifestações de desagrado se limitaram aos comentários do tipo “Ah..não!”, “Por favor!”, “Vai à merda” e até alguns risinhos seguido daquelas caretas de desaprovo balançando a cabeça com os olhos arregalados.

Mas, como eu consegui ao menos umas risadinhas com uma piada tão ruim? Bem, a Marília já assumiu várias vezes que costuma contar minhas piadas nas rodas de amigos, e sempre sem êxito. Desconheço em que circustâncias ela costuma expressar seu humorismo, mas, desconfio que seja nas temidas rodas de piadas sobre as quais eu já comentei minha aversão. No meu caso, aproveitei um momento muito oportuno, quando todos meus amigos comentavam sobre Beatles e a homossexualidade de seu empresário Brian Epstein. Era uma conversa relaxada, ninguém esperava um engraçadinho nessa hora, e lá fui eu:

- Brian Epstein? Eu pensei que o nome dele era Larry Epstein

- Não. É Brian Epstein

- Certeza?

- Absoluta. Nem sei de onde você tirou isso de Larry Epstein

- Ué. Mas então como é que fica aquela história da música que fizeram pra ele?

- Que música?

- Uma que fala da bissexualidade de uma cara, e o nome dele era Larry. Então devia ser um dos amantes do Brian.

- Cara, nunca ouvi falar dessa música.

- Como não!? Super famosa.

- Que música é essa?

- Pera, que vou lembrar.

- Você tá viajando.

- Nada disso. Você que não conhece a história das músicas dos caras. Nessa época na Inglaterra o homossexualismo era crime, daí eles tiveram que dar uma enganada, não podiam sair cantando “Meu amigo Larry gosta de homem e mulher/ A vida é dele e ele faz o que quer”. Entendeu? Eles deixaram implícito na letra, só isso.

- Diz que música é essa, cacete.

- Lembrei! (cantarolando) Larry bi… Larry bi…Larry bi.. Oh.. Larry bi..

Notaram todo o meu esforço? Viram que durante todo o tempo eu tento enganar eles fingindo estar falando de algo sério e vou pouco a pouco atiçando a curiosidade deles. Chega uma hora que toda a mesa está acreditando que realmente há uma tal música dos Beatles contando a história do bissexual Larry e eles não conhecem, acham que escutarão uma revelação dentro de poucos segundos e eu jogo uma ducha de água fria no final. Tudo bem que nem assim se pode dizer que o resultado foi dos mais satisfatórios, mas, garanto que com uma piada desse nível é o melhor que se pode arrancar. Já se eu tivesse parado a conversa avisando que iria contar uma piada e soltasse algo desse nível, o mais provável seria levar um soco e ainda ter que agradecer por não ter levado um chute.

Mas, com tudo isso, por que há pessoas que conseguem rir ou fazer rir numa roda de piadas? Bem, vamos por partes:

Primeirramente eu nunca disse que era impossível fazer alguém rir avisando de antemão que iria dizer algo engraçado. Disse apenas que era mais difícil, muito mais difícil, e o motivo é fácil de explicar. Se considerarmos como certa a teoria de que o riso se origina da surpresa, logo nos damos conta de que é muito mais difícil surpreende alguém que sabe que será surpreendido, mas, não chega a ser impossível. Um exemplo:

Você resolve fazer uma festa surpresa pra um amigo seu no dia do seu aniversário, e você está certo de que nunca lhe fizeram esse tipo de agrado. Logo, por mais simples que seja a festa, ainda que seja apenas um bolo, duas garrafas de champanhe e mais cinco outros amigos, isso já será o bastante pra lhe fazer abrir um sorriso, simplesmente porque ele não esperava nada e ganhou pelo menos um pouco.

Agora, se você tem uma namorada há mais de cinco anos e está acostumado a lhe preparar festas surpresas cada ano quando chega seu aniversário, isto lhe exige muito mais criatividade para surpreendê-la e/ou agradá-la. Se ela está acostumada a cada ano uma festa surpresa com cinquenta convidados e um mega banquete, então, neste ano, ao menos que você tenha feito um híper-mega banquete e convidado todas suas amigas de infância e familiares, ela não verá nada de mais na festa, e mais, se você fizer uma festinha simples com poucas amigas e uma torta de chocolate, irá deprimi-la.

Entenderam os exemplos? Uma conversa relaxada é como o amigo que nunca teve uma festa surpresa, ninguém está esperando nada, logo, qualquer coisinha fora do padrão que você disser irá soar de maneira inesperada e provocará supresa e consequentemente, o riso.

Já a roda de piadas é como a namorada que sempre teve grandes festas. Eles sabem que a história que você está contando terá um final surpreendente, sabem que você está tentando fazê-los rir, assim que, é melhor você ter algo realmente muito bom pra contar no final pra que possa ir além das expectativas do ouvinte.

Aliás, ouvintes são um capítulo à parte. Me chamem de pessimista, mas, pra mim uma roda de piadas se divide em dois grupos: o primeiro é o de seus inimigos que estão morrendo de vontade de que sua piada seja uma titica e possam se deliciar ao ver sua cara de besta quando se der conta de que ninguém riu. O segundo é o de seus amigos que gostam muito mesmo de você e adorariam que sua piada fosse boa pra eles poderem rir com vontade, mas, estão quase seguros de que serão obrigados a rirem forçados pra não te deixar sem-graça. Ou seja, palmas para o sujeito que consegue fazer esse tipo de gente rir, eu não consigo e nem tento, mas, tenho toda a admiração pelas pessoas que têm esse dom, como por exemplo, esses humoristas que fazem monólogos no teatro, esses pra mim são os seres mais próximos de Deus. Tem que ter cojones pra ficar ali de frente pro público tentando fazer com que dêem risada. Esse público pagou entrada, esse público sabe que se trata de um show de humor e que você contará histórias engraçadas, esse público ouviu falar que você é bom e espera muito de você. Isso pra mim seria o inferno, não posso, mas, reparem que pra essa classe de humorista tudo que escrevo aqui já é absolutamente conhecido. Eles não se dirigem ao público com um sorriso enorme dizendo “Agora contarei a piada do papagaio”, alguns até fazem, mas, costumam ser ruins, o bom humorista nem ri, pega o microfone, começa a falar com a platéia, finge que está improvisando e tenta o tempo inteiro envolver o público tentando fazer com que esqueçam que estão num show de humor. Reparem que no final das piadas costumam argumentar coisas como “É sério! Vocês estão rindo, mas, aconteceu mesmo!”. Ele sabe que não convencerá os espectadores de que estava falando sério, mas, isso vai amenizando e descontraindo o público, no final, transforma todas as expectativas sobre seu espetáculo numa conversa relaxada.

Só os bons riem
Outra abordagem da matéria da revista que eu já cheguei a comentar aqui. Rir de uma piada depende não somente da qualidade do humorista, depende muito da criatividade do ouvinte também. Veja bem, não existe piada infalível, vai depender sempre de quem está contando e para quem. Quando escutamos uma história engraçada, temos que usar a nossa criatividade para imaginar como deveria ter sido se você pudesse ter visto a cena, logo, a mesma história contada pra vários ouvintes terá uma imagem diferente para cada um, no caso do espectador não ter uma imaginação muito desenvolvida, não haverá piada que possa ajudá-lo. Mas, com tudo isso, nem sempre colocaremos a culpa no ouvinte, há humoristas ruins também, que são aqueles que não conseguem sugerir uma situação engraçada, seja por falta de argumentos, linguagem pobre ou idéias muito óbvias, o fato é que nem a mente mais criativa, por mais que se esforce consegue imaginar uma história engraçada a partir de suas palavras. Vou dar um exemplo de humorista ruim e de ouvinte se imaginação:


Eu comentei aqui certa vez de uma humorista que fazia piadinhas no rádio durante a transmissão de partidas de futebol. Descobri o nome dela: Maria Chuteira. Esses dias estive escutando outra partida e lá estava ela outra vez com suas pegadinhas manjadíssimas, mas, dessa vez nem me dei o trabalho de memorizar para publicar e comentar aqui. Pois bem, na primeira vez que escutei, uma das piadas que ela contou foi extamente essa:

Por que o relacionamento do queijo com a goiabada não deu certo?

Resposta: Porque o queijo era fresco

Reparem que tanto a maneira como ela elaborou, como a própria piada são tristes. Não digo que não devemos fazer gracinhas com o duplo sentido da palavra “fresco”, isso se pode ajeitar, mas, a maneira como ela enuncia a piada não tem salvação. Ela deixa escancarado que vai dizer algo atípico no final e solta uma resposta de muito poca imaginação, não há como sair daquilo mesmo que ela disse, não há espaço para divagar porque o enunciado é muito pobre, mas, repito, não culpem a piada. Talvez se você tivesse visto de outra forma, teria rido, por exemplo, uma dessas minisséries que o casseta e planeta inventa contando a história do casal queijo e goiabada, com o Marcelo Madureira vestido de queijo e fazendo aqueles beicinhos de veado, poderia ser uma opção, talvez nada de muito engraçado, mas, de longe o melhor proveito que se tiraria de uma piada desse nível.

Agora um espectador tapado: Faz tempo que não leio a revista MAD porque aqui na Espanha não tem. Enfim, quando eu lia no Brasil, tinha um cartunista chamado Sérgio Aragonés, que contava histórias através de desenhos de traços bem simples e sem legendas. Cada edição da revista ele abordava um tema, geralmente cada história era contada em três ou quatro quadrinhos, através dos quais você via desenhado a sucessão dos acontecimentos.

Tudo que esse cara fez eu ri, sempre achei genial, mas, escolhi um quadrinho para citar um exemplo. Era uma edição sobre o trabalho dos dublês de atores, em um dos quadrinhos apareciam dois homens segurando pelos pés e pelos braços um dublê que está em pânico. No segundo quadrinho eles arremessam esse dublê pela janela de um prédio. No terceiro quadrinho aparece o diretor com um boneco idêntico ao dublê que eles acabam de arremessar pela janela. Fim.

Ou seja, o dublê escandaloso não estava interpretando, estava realmente em pânico, já os outros atores que lhe arremessaram pela janela estavam acreditando que todos os gritos de pânico eram parte do roteiro e que deveriam continuar a cena do assassinato e lhe jogar de um prédio, pois, provavelmente haveria algo ali planejado para amortecer sua queda. No final descobrem que a cena não seria gravada por um dublê, já que não havia nada do lado de fora para proteger a queda de um ser humano, o certo seria arremessar o boneco que o diretor acabava de trazer.

Vocês provavelmente não riram ao ler a descrição da cena, justamente porque o divertido estava em que tudo isso foi contado apenas em três quadrinhos de traços simples e geniais, mas, reparem que boa parte da graça da piada cabe ao leitor imaginar. No primeiro quadrinho por exemplo, se via que o dublê estava deseperado pela expressão do rosto, enquanto os outros atores sorriam maleficamente, mas, como disse, não havia legendas, cabia a nós mesmos imaginar. Que tipo de diálogo você imaginaria?

Dublê -Peraê, não me joga, não! Tem um boneco pra jogar, não sou eu!

Atores- (interpretando)- Cala a boca Mr. Whilson, você se meteu com a máfia e vai ter que pagar.

Dublê – Mr. Whilson é caralho, meu nome Zé Antônio, sou dublê, pára de interpretar, porra!

Atores - (improvisando) – Sei..sei..Mr. Whilson, agora você se chama Zé Antônio, né!? É incrível como vocês ficam criativos na hora de morrer.

Dublê – Tomar no cu! To falando sério, cacete! Não tá gravando! Não tá gravandoooooo....(cai pela janela)

Enfim, nada disso estava escrito, Sérgio Aragonés nunca colocou legendas em seus cartuns, mas, isso não impede ninguém de imaginar como seria, foi o meu caso. O que acontece é que ao mostrar esse cartun pra um amigo meu, ele não achou nenhuma graça, me chamou de idiota por ter rido daquilo e ainda espalhou pra todo mundo que eu tava inventando diálogos que não estavam ali. Claro que não estavam, justamente essa era a graça, imaginar o diálogo que você ache mais apropriado, mas, certas pessoas têm preguiça de pensar, no caso desse amigo meu, fica muito difícil fazê-lo rir, simplesmente porque o sujeito não tem imaginação, é a única conclusão a que cheguei, porque tive que escolher quem estava errado na história: ou Sérgio Aragonés não era um bom humorista, ou meu amigo era tapado, fiquei com a segunda opção.

Pois, enfim, espero que estejam gostando das minhas explicações sobre o porquê das piadas.
À continuação abordarei outro detalhe interessante da matéria que fala sobre os seis tipos de humor. Só não coloco agora porque esse post já está muito grande.

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Comments:
se eu me der a esse trabalho todo de inventar histórias pra contar as piadas eu acho que faço as pessoas passarem mais raiva ainda. Por acaso, acabei desistindo de contar suas piadas já faz um tempo, pra talvez resguardar e manter um pouco do respeito que as outras pessoas ainda têm por mim. cheguei ate a indicar o site pra um amigo, mas ele disse que nunca entraria por conta das piadas. a propósito, elas ainda eram contadas em mesa de boteco, depois que todos ja tinham bebido bastante e a sensibilidade e aceitabilidade das coisas diferentes do mundo aumentam em graus alcóolicos vertiginosamente. Não deu. mas, continue fazendo, as vezes elas sao muito boas. reafirmando que essa é uma opinião pessoal.
 
e, ah, eu nunca digo "vou contar uma piada".
 
Realmente o riso e a graça vém das surpresas, qualquer um ri quando vê um cidadão que estava andando calmamente, se estabaca pelo chão após colher alguns metros de caváco, com o torax sobrevoando centímetros do chão e aterrisando com algumas cambalhotas forçadas espalhando todo o material escolar. Lógico, quando a pessoa se machuca não tem graça, mas quando não...
 
Para marília:
Piadas não devem ser contados para bêbados, o álcool é um agente inibidor.
Confesso que me expressei mal nesse post ao falar sobre humorismo e colocar como exemplo uma das minhas piadas, visto que toda a série "piadas que eu mesmo faço e só eu acho graça" tem por objetivo alcançar o riso através do "anti-humor", que é um conceito muito complicado que exige muita imaginação e que em breve explicarei aqui.
Essa opinião de seu amigo sobre as piadas não me surpreende, não afeta em nada o andamento desse blog e estou certo de que é um tipo de leitor que não me fará falta. Já disse que estou completamente seguro de minha inteligência e bom gosto a ponto de poder compartir dostoievsk com hermes e renato sem o menor remorso, triste de quem não consegue o mesmo.
Enfim, é como eu disse, pra dar risada é preciso ter uma mente criativa.
 
Para Roberto:
Olha, pra que eu não ria de uma pessoa se estabacando no chão igual uma jaca, o tombo tem que ser muito feio, de modo que toda a tragicidade da cena apague a comicidade.
Quase todas as vezes que vi alguém cair no chão tive que me retirar do local pra poder dar gargalhadas sem ser recriminado, inclusive acho que o destino age contra mim porque sempre estou posicionado onde posso ver a queda em ângulo privilegiado. Dia desses via a vó de um primo meu cair "de trivela", não me pergunte como é esse tipo de queda porque não saberei explicar com palavras, mas, foi bonito, tive que ir correndo pro quarto pra rir enquanto toda família foi socorrê-la.
 
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