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8 de novembro de 2006

 

Cara de Milho Responde - O leitor nervosinho II


Segue abaixo três comentários que recebi sobre o texto da biografia dos Paquitos

Respeito tua opinião, mas confesso que na época não me parecia tão ruim.


Legal, só não espere que eu respeite a sua só por isso. Confesso que era ruim na época, é ruim hoje e será ruim no futuro. Talvez você esteja querendo justificar o fato de você ter gostado dos paquitos porque era jovem. Esse tipo de desculpa esfarrapada vemos em qualquer lugar. Até soldados nazistas alegaram que fizeram o que fizeram porque eram jovens na época. Onde já se viu juventude dar direito a alguém ser retardado? E sim, escutar paquitos é tão criminoso quanto ter apoiado Hitler.

Meu jovem, a sua escrita é destrutiva, você parece ter talento, mas... nunca escreva "exceções" com dois esses. É prova de ignorância e de dor de cotovelo..

- Engano seu. Minha escrita é construtiva. Minha intenção nesse texto era construir um muro contra chatos. Funciona assim: o sujeito entra aqui, lê que eu não gosto dos paquitos e se não concorda já sabe que não deve voltar.

- Quando você diz que eu pareço ter talento, à simples vista parece um elogio, mas, logo eu vejo no meu contador de visitas que você encontrou esse blog ao fazer uma pesquisa no Google buscando por “Paquitos”, e penso se vale a pena agradar gente assim.

- Vamos à parte triste: meus erros de português. Volto a tentar explicar que pra mim é muito difícil mesmo escrever em bom português quando já estou morando fora do Brasil há mais de três anos e só tenho contato com a língua portuguesa quando estou no orkut, que como todos sabem, não é o melhor lugar pra aprender português. No mais, grande parte dos meus erros são gerados por desatenção, visto que eu mesmo quando estou relendo alguns textos reconheço meus erros, mas, haja saco para corrigir.

- “É prova de ignorância..” Como se você precisasse de provas para descobrir que sou ignorante. Não só ignorante, como também mal-caráter, fedorento, preguiçoso, preconceituoso, machista, nojento e garçon. Enfim, não sou bom partido, aconselho a deixar de ler esse blog.

-Escrever exceções com dois esses é prova de dor de cotovelo? O que é que o cu tem a ver com as calças? Só nisso você já me dá o direito de argumentar o que quiser, já que você também está sendo incoerente no seu texto. Posso dizer, por exemplo que você escreveu esse comentário porque quer dar o cuzinho pra mim. E daí? Quem vai dizer que não?

- Ainda sobre a dor de cotovelo, francamente, esperava mais de você. Essa história de falar que fulano criticou beltrano por inveja é fraquíssima. Por que não posso criticar alguém só pelo simples fato dele ser um merda? Onde tá escrito que só criticamos quem nos causa inveja? Semana passada eu tava vendo um jogo do Fluminense e xingava o lateral direito de tudo que é nome. E daí? Invejo o lateral direito do Fluminense? Pensando assim eu invejo os políticos, a banda Calypso, os grupos de pagode, o Luciano Hulck e o Parreira. Leia um pouco mais do blog pra me conhecer melhor e diga se tem cabimento achar que uma pessoa como eu teria inveja dos paquitos. Só no teu munda encantado da Xuxa. Se fosse pra ter inveja de alguém, invejaria o Bob Dylan, se é que já não invejo. Invejaria o Tom Cruise que comia a Nicole Kidman, invejaria esses caras do clube das mulheres que ficam lá dançando enquanto a mulherada lhes apalpa o pênis e bota dinheiro na sunguinha, isso que é vida de dar inveja, mas, Paquitos, dá licença. Argumento de uma falta de criatividade sofrível. Aposto que você trocaria seu bom português pela minha imaginação. Até porque, erros gramaticais têm cura, mas, falta de imaginação é foda, não sai disso. Só vai escrever gramáticas, outra gramática, mais uma gramática.



COM TODAS ESSAS INFORMAÇÕES RELATOS E ERROS DE PORTUGUÊS SÓ CHEGUEI A UMA CONCLUSÃO VOCÊ SÓ PODE TER SIDO UM CANDIDATO A SER PAQUITO E NÃO CONSEGUIU,TENTE AGORA SER DOMINÓ QUEM SABE VOCÊ CONSEGUE UM ABRAÇO UM AMIGO


- Verdade crua: O nível de inteligência de um internauta é diretamente proporcional a sua capacidade de encontrar a tecla Caps Lock no teclado. O dia que eu ler um texto inteligente todo escrito em caixa alta eu mudo de opinião.

- Vem zoar meus erros de português e me escreve todo o texto em caixa alta, abdicando completamente do uso de vírgulas, espaços e pontos.

- Você chegou à conclusão de que eu quis ser paquito. Explique passo a passo seu raciocínio. Hoje em dia todo mundo chega a conclusões sem o menor cabimento, assim é muito fácil. E se eu quiser fazer como você e através do seu comentário chegar à conclusão de que você está louco para dar o cu para um negro com 23 cm de dote com o pau cheio de areia de praia? E daí? Quem vai dizer que não? Foi a conclusão que eu cheguei, ué!

- “Um abraço. Um amigo...” Jurava que esse comentário havia sido escrito por uma gorda suburbana de trinta anos que fica assistindo Video Show tomando sacolé na frente da TV com a cara cheia de buracos de espinhas da adolescencia, mas, puta merda! Amigo? Com O? No masculino? Você é homem e se sentiu doído por eu criticar os paquitos? Por gentileza, decepe seu pênis e atire aos cães. Você não é digno de ter um.


- Que fique claro e sirva para todos os três retardados que criticaram o texto.
Por que eu não gosto dos paquitos? Simplesmente porque estou de saco cheio da arte ser esse puteiro. Qualquer um entra e sai quando quer. Pára pra pensar: Alguém que não entende nem um tiquinho de medicina entraria num hospital pra fazer uma cirugia? Um sujeito de duzentos quilos que nunca jogou bola na vida teria vaga na seleção brasileira? Não, né!? E se alguém tentasse uma façanha dessas, obviamente não se destacaria. Então porque a arte tem que ser essa pouca vergonha? Por que uma pessoa que não tem nenhum interesse em se expressar, não tem uma gota de criatividade, não faz nada que qualquer outro retardado faça igual consegue ficar famoso e ganhar espaço na mídia? Até que ponto a arte é importante para pessoas como os paquitos, ou os grupos de Axé? Por que chamam essas pessoas de artistas? Se elas não fossem artistas, teriam a vida arruinada? A música é tudo na vida dos paquitos? Se é assim, porque nenhum deles canta mais? Tenho um amigo cantor que tem treze discos lançados. Treze! Leram bem? Treze! Tudo composição dele, tem um conhecimento musical impressionante, faz alguns shows, apareceu uma ou outra vez em programas de TV de musica alternativa, mas, não saiu disso. Conseguiu alguns fãs para comprar seus discos e vive disso. Nunca foi famoso, apesar de nenhum músico duvidar de seu talento. A música é tudo pra ele, apesar de não conseguir quase nada através dela, ele continua se dedicando a isso, porque ele não faz por dinheiro, faz porque é mais forte que ele, porque ele não consegue ficar sem fazer, porque não consegue fazer outra coisa que não seja ouvir/tocar música. Isso é um artista, entende a diferença? Pergunto novamente: Se os paquitos não alcançassem a fama, continuariam tentando? Aceitariam fazer música só pelo prazer de fazê-la? Sem sucesso e sem dinheiro? Caso algum empresário resolvesse lançar meu amigo, já contaria com bastante material e com um artista inteligente e de opinião formada. Que tinham feito os paquitos pela música quando foram lançados pela Xuxa? A resposta é: nada! Assim como qualquer NSYNC e qualquer Menudos, o sucesso vem antes da dedicação. Simplesmente lançam essas pessoas e empurram goela abaixo e idiotas como vocês que criticaram meu texto engolem.

Há tempos atrás, na época que eu ainda escutava rádio, lembro de uma locutora que passou mais de uma semana anunciando que ia estrear na programação uma música de um cantor que era “todo gato”. Ninguém conhecia o cantor, era novo, nunca havia cantado em outra banda, não tinha nenhum currículo musical, mas, ia estrear para todo Brasil, e todos deveriam esperar ansiosamente porque ele era “todo gato” ainda que pelo rádio era impossível saber se era verdade. Resultado: Em poucos dias o cara era um músico famoso em todo Brasil e um símbolo sexual, ainda que sua música não tivesse ainda tocado no rádio e sua cara ainda não tinha sido vista por ninguém. Veio a estréia, sua música foi um sucesso, ele ganhou seu dinheirinho, seu empresário ganhou seu dinheirão, a locutora ganhou sua merreca por vender a alma desrespeitando sua própria profissão e emburrecer as pessoas, e o cara sumiu. Nunca mais emplacou nenhum música. Ninguém lembra dele.Hoje deve estar trabalhando em outra área. Teve seus 15 minutos ou mais de fama, meu amigo com todo seu conhecimento musical, não teve nenhum, mas, continuará fazendo música, porque é sua paixão, assim como Van Gogh pintou até seu último dia de vida ainda que no anonimato. Poderia ter pintado retratos da burguesia, e ganharia bastante dinheiro e fama, como Degas, mas, preferia pintar camponeses comendo batatas, era como uma necessidade, algo que dizia que deveria pintar aquilo mesmo que ele tava fazendo, e o tempo mostrou quem estava certo. Esses são os artistas. Pessoas que não conseguem deixar de se expressar artisticamente, ainda que não tenha ninguém olhando, ainda que isso lhes esteja fazendo dano, é como um vício. A palavra certa é vício.

Esses dias eu tava lendo uma revista de arte e falavam de Cezanne. Tinha uma foto dele com trinta anos, e o cara parecia ter sessenta. Sujo, barbudo, maltrapilho, envelhecido, parecia um drogado. E na verdade era isso mesmo. Era um viciado em arte. Era sua droga. Acordava e ia pintar até a hora de dormir. Apresentava todos os sintomas de um viciado: exclusão social, perca de vaidade, tudo. Mas se perguntasse se queria outra vida, ele diria que não. Estava seguro que era o melhor pintor de todos os tempo, que estava abrindo as portas para todas as escolas modernas, seus amigos lhe chamavam de “Eremita”, mas, ele sabia que ia mudar toda a história da arte, e outra vez o tempo deu razão ao verdadeiro artista.

Então, é isso que eu espero de um artista. Que faça arte. Que seja louco por ela. Não precisa ser um mártir, mas, se o destino assim quiser, que seja. É uma pena acharem que Van Gogh foi uma pessoa triste. Imaginam um sujeito gritando por atenção tentando vender desesperadamente seus quadros. Absurdo. Van Gogh deveria desfrutar uma emoção incalculável cada vez que olhava suas telas, deveria ser a pessoa mais orgulhosa de si, mais segura de que era um gênio, coisa que a gente nunca compreenderá. Quem está de fora não entende que o prazer de ver sua própria obra terminada substitui todos os outros.



Comments:
Adorei o texto e vou indicá-lo prá alguns colegas fãs de Patchanka, Gang do Samba e Harmonia.
Tenho uma irmã que mora há anos na França e tem alguns problemas com a língua pátria, por isso compreendo alguns erros no seu texto. Só faço a correção do seguinte, por considerar mais grave: "Apresentava todos os sintomas de um viciado: exclusão social, perca de vaidade, tudo". O correto seria "perda de vaidade". No mais, concordo com tudo que falou.
 
Falou tudo cara! Foi isso que eu sempre pensei e nunca quis me expressar pq sou retarado.
 
Claudio:

Valeu pela correção, mas, agora tenho que deixar escrito errado pq senão seu comentário perde o sentido.


Renato:

Obrigado e volte sempre.
 
É verdade que gosto não se discute.
Mas quem falou que não se pode criticar um gosto ruim? Penso que a crítica é sempre válida. Se for uma crítica embasada e sem achismos,(não daquelas do tipo: "nunca comi mas detesto" ou pior: "detesto porque detesto"), que mal tem em dizer que eu não gosto das paquitas, que odeio rodeio ou que detesto heavy metal?
Ora. Chega de besteiras! Vamos brincar de embasar as réplicas né pessoal?
Não precisa concordar com o que lê não cara-pálida! Absorva o que te interessar!
Aff Maíz... leio teu blog sempre e amo! Mas é cada comentáriozinho bizarro que este pessoal põe aqui hein? Fico puta porque eles lêem uma crítica interessante, se sentem acuados por não terem argumentos e só pra ter o que dizer,colocam abobrinha nos comentários, desviando atenção do assunto em questão. Pra disfarçar a falta de argumentos!
Ninguém merece!!!
 
Ah, eu me lembro desse comercial do cantor "todo gato" que era feito em uma emissora de rádio carioca. Aliás Maíz, dá uma olhada em suas fontes pra ver o q ele tá fazendo agora. O nome do cantor "todo gato" é Espen Lind. Abraços!
 
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