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25 de maio de 2007

 

Segura que agora baixou o poeta!




Sobre um tal João
(autor: El hombre maíz)


Os poemas de João
Um negro lá do Sertão
De depois do Piauí
Mas antes do Maranhão
(Dependendo da direção)
São todos de baixo padrão

Os versos de João
Ora rimam ora não
Quando rimam são verbos
De primeira conjugação
Ou então são palavras
Terminadas em "ão"

Não há métrica
Alguns versos são incomparavelmente maiores que todos os outros do poema
Outros curtos
Como se faltasse um pedaç

A poesia de João
São palavras espalhadas no chão
Que foram formando versos
Ao caírem de sua mão

Os versos de João
Quando lidos pra multidão
Resultam em chacota
Desaprovo e decepção

Disse João num sarau
Quando teve ocasião
De fazer sua declamação:

"Amar é cantar
Do fundo do coração
Contigo quero casar
Por isso peço sua mão
Mas se você não aceitar
Não fico triste, não
Outra vou procurar
Pra levar pro meu sertão
Lá eu sou poeta
O melhor da região
Aqui só quem pode rimar é doutor
E eu só posso ser peão."

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Comments:
ÊÊÊ! Cara de Milho voltou! Esses poemas do João tão muito doidos, gostei também do desenho. Salve, ó grande globetrotter, bom ler tuas coisas de novo!
 
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