16 de novembro de 2007
Interrompemos nossa falta de programação pra informar:

Interrompendo minhas férias rapidinho só pra contar uma piada que escutei um garotinho contando pra sua tia dentro de um ônibus em Cuiabá. (Fiquei com medo de esquecer)
- O quê o leite de caixinha disse pro leite de saquinho?
R: (jingle) Vem pra caixa você também, vem!
Fazia tempo que não ria tanto.
Marcadores: devaneios
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Essa é dos tempos que o leite era apenas leite.
Os leites de hoje em dia são junkies. Tudo viciadinho numa soda caustica...
Perdeu-se a pureza e a inocência dos Parmalat da vida. Naquela época eles ficavam felizes em ser apenas bichinhos de pelúcia.
Os leites de hoje em dia são junkies. Tudo viciadinho numa soda caustica...
Perdeu-se a pureza e a inocência dos Parmalat da vida. Naquela época eles ficavam felizes em ser apenas bichinhos de pelúcia.
Na boa e sem ofensa... mas aquelas que você inventava e só você achava graça eram mais simpáticas....
Caro Cara de Milho,
Eis aqui o meu pequeno conto erótico-macabro. Só agora tive um tempo livre. Como você me pediu - Capitão Nascimento (tive que assistir ao filme pra descobrir quem ele era), Danoninho e samurai.
Nas horas vagas, entre a limpeza de um obus ou de uma daquelas armas que deixam a cara do sujeito imprópria para o velório, o Capitão Nascimento gostava de relaxar. E lia os seus romances, religiosamente. Aprendera com a mãe. Com o pai, aprendera a ter a disciplina e a paciência que o tornaram tão apto ao ofício. Com a mãe, a amar as histórias em papel-jornal. Primeiro lera “Sabrina”. Depois, os romances de Sidney Sheldon – adorava as cenas tórridas. Excitava-se com elas. Tivera as suas primeiras experiências solitárias após ler “O Reverso da Medalha”, imaginando aquela mulher, Kate, coberta de diamantes, gritando de prazer enquanto ele a possuía com a violência de um animal carnívoro. Lera um, não se recordava o nome, no qual um samurai sacrificava a vida da donzela traidora em nome da sua honra. Fugiam-lhe os detalhes; na memória ficara o final, deslumbrante e grandioso. Lia e repetia em voz alta para si: “... e um rubro fio de sangue correu do níveo seio da donzela apunhalada como uma víbora de coral num mármore pagão." Gritava esse final (o melhor de toda a Literatura, para ele), atirava-se no chão e entregava-se novamente ao prazer solitário, uma, duas, três vezes seguidas. E, deitado no chão, entorpecido, imaginava-se um samurai cortando a moça ao meio na espada e sentindo o sangue quente escorrendo. Ele então a abraçava e a beijava, misturando sangue e saliva. Aquela cena macabra o extasiava e o assustava. Remetia-lhe à infância, à imagem dos Danoninhos que devorava sempre que sua mãe voltava do mercadinho do bairro onde trabalhava. Não sabia se a cor vermelha dos potinhos ou a consistência pastosa do Danoninho tinham alguma coisa com aquilo tudo. Talvez a excitação de comer montes daqueles Petit Suisses, de maneira descontrolada e feroz, se aproximasse daquela excitação não tão pueril de sentir-se coberto com o sangue quente que se esvaía dos despojos da bela mulher. Nem sua esposa e nem seus colegas da corporação conheciam esse lado do Capitão e ele sentia-se um pouco anormal por sentir prazeres tão estranhos. Mas logo voltava a si - lembrava de um Cabo da PM que fora seu amigo noutros tempos e que só conseguia ter ereções por mais de cinco minutos enquanto estivesse usando fraldas descartáveis e cheirando suas próprias cuecas sujas. E a mente do Capitão se pacificava - com samurais, gueixas e Danoninhos. Tudo aquilo, afinal, dava mais humanidade àquele homem cercado de fanfarrões e guerras de quadrilhas.
Meu desafio a você:
raio laser, Opus Dei e proctologista
Eis aqui o meu pequeno conto erótico-macabro. Só agora tive um tempo livre. Como você me pediu - Capitão Nascimento (tive que assistir ao filme pra descobrir quem ele era), Danoninho e samurai.
Nas horas vagas, entre a limpeza de um obus ou de uma daquelas armas que deixam a cara do sujeito imprópria para o velório, o Capitão Nascimento gostava de relaxar. E lia os seus romances, religiosamente. Aprendera com a mãe. Com o pai, aprendera a ter a disciplina e a paciência que o tornaram tão apto ao ofício. Com a mãe, a amar as histórias em papel-jornal. Primeiro lera “Sabrina”. Depois, os romances de Sidney Sheldon – adorava as cenas tórridas. Excitava-se com elas. Tivera as suas primeiras experiências solitárias após ler “O Reverso da Medalha”, imaginando aquela mulher, Kate, coberta de diamantes, gritando de prazer enquanto ele a possuía com a violência de um animal carnívoro. Lera um, não se recordava o nome, no qual um samurai sacrificava a vida da donzela traidora em nome da sua honra. Fugiam-lhe os detalhes; na memória ficara o final, deslumbrante e grandioso. Lia e repetia em voz alta para si: “... e um rubro fio de sangue correu do níveo seio da donzela apunhalada como uma víbora de coral num mármore pagão." Gritava esse final (o melhor de toda a Literatura, para ele), atirava-se no chão e entregava-se novamente ao prazer solitário, uma, duas, três vezes seguidas. E, deitado no chão, entorpecido, imaginava-se um samurai cortando a moça ao meio na espada e sentindo o sangue quente escorrendo. Ele então a abraçava e a beijava, misturando sangue e saliva. Aquela cena macabra o extasiava e o assustava. Remetia-lhe à infância, à imagem dos Danoninhos que devorava sempre que sua mãe voltava do mercadinho do bairro onde trabalhava. Não sabia se a cor vermelha dos potinhos ou a consistência pastosa do Danoninho tinham alguma coisa com aquilo tudo. Talvez a excitação de comer montes daqueles Petit Suisses, de maneira descontrolada e feroz, se aproximasse daquela excitação não tão pueril de sentir-se coberto com o sangue quente que se esvaía dos despojos da bela mulher. Nem sua esposa e nem seus colegas da corporação conheciam esse lado do Capitão e ele sentia-se um pouco anormal por sentir prazeres tão estranhos. Mas logo voltava a si - lembrava de um Cabo da PM que fora seu amigo noutros tempos e que só conseguia ter ereções por mais de cinco minutos enquanto estivesse usando fraldas descartáveis e cheirando suas próprias cuecas sujas. E a mente do Capitão se pacificava - com samurais, gueixas e Danoninhos. Tudo aquilo, afinal, dava mais humanidade àquele homem cercado de fanfarrões e guerras de quadrilhas.
Meu desafio a você:
raio laser, Opus Dei e proctologista
Eu lembro do dia que minha mãe me acordou pra contar essa piada patética...
Ainda bem que eu não tenho armas letais no meu quarto...
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Ainda bem que eu não tenho armas letais no meu quarto...
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